Você ainda não entendeu?


Desde 1992 estou tentando explicar que a poluição luminosa vem aumentando rapidamente e já atinge níveis absurdos em Uberlândia. Cansei de dizer que a minha proposta não é a de apagar a cidade, mas de melhorar a qualidade da iluminação. Afirmo que desperdiçamos muita luz, enviando-a para cima e para áreas muito distantes das lâmpadas, o que não faz o menor sentido, principalmente para quem paga a conta. Afirmo também que a luz que penetra em nossos olhos causa ofuscamento e acaba prejudicando nossa capacidade de enxergar. Digo sempre que as luminárias não dispersivas nos dão conforto visual e um melhor efeito de iluminação.

Parece que falar ou escrever não dá muito certo por aqui. Então, acreditando que duas imagens valham mais do que um milhão das minhas palavras, vou mostrar o que foi realizado a partir da iniciativa do astrônomo José Carlos Diniz num condomínio em Muri, próximo a Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, onde as luminárias estavam causando problemas ao trabalho com astrofotografia em seu observatório particular. Foi realizada uma reunião com o síndico e os moradores, na qual decidiram zerar a inclinação das luminárias e manter as lâmpadas totalmente internas às proteções metálicas, utilizando uma cinta de alumínio como adaptação.

Solicito agora, aos leitores desta página, que prestem muita atenção aos resultados obtidos quando deixamos de desperdiçar luz:


ANTES
DEPOIS



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