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Date: Wed, 30 Nov 2011 18:41:52 +0100
From: davino servidio < e-mail de Davino >
To: silvestre artonomia < meu e-mail >
Subject: resposta ao seu comentário no dia 23 de setembro de 2011

Prof. Silvestre

Desculpe o atraso para responder, foi por motivo de força maior.

respondo ao comentário da cidade de Uberlândia, a sua posição é a 16ª mediana, sempre diferente de Macapá, mas em Macapá, no dia 23/09 as Três Marias se encontravam a 90 graus às 2 horas e 30 minutos, na mesma data no Rio de Janeiro estava a 90 graus aproximadamente às 4 horas e subindo mais para o norte do brasil e ao norte do Suriname devem passar à 1 hora e 30 minutos da madrugada.

Macapá se encontra na meridiano 16º e o Rio de Janeiro se encontra no meridiano 15º e 16º.

A respeito das Três Marias, te alerto outra observação: a constelação, no dia 23/09 às 2 horas e 30 minutos está a 90 graus sobre Macapá. Depois de 6 meses, dia 21/03, aproximadamente às 18:30 também se encontra a 90 graus. Você não explica nada ? Dia 23/09 a 21/03 tem diferença de 16 horas e depois, dia 21/03 a 23/09 a diferença é de 8 horas. Se a Terra girasse ao redor do Sol, a diferença seria de 12 horas e sempre se repetiria, ou às 6 horas da manhã ou às 18h.

Prof. Silvestre, não existe órbita elíptica nem no planeta Terra e nem em outro planeta. Se a Terra tivesse órbita elíptica, se afastaria e se aproximaria de 20 a 30 milhões de Km e na Terra não existiria vida.

Lembre-se que na época de Copérnico só existia o relógio solar e não o de 24 horas.

Prof. Silvestre, por que o sr. não tenta montar um simulador? Pode ver na página na internet que eu explico tudo.

Um abraço,

Davino Servidio.

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Date: Thu, 01 Dec 2011 16:45:50 -0200
From: "Roberto F. Silvestre" < meu e-mail >
To: davino servidio < e-mail de Davino >
Subject: Re: resposta ao seu comentário no dia 23 de setembro de 2011

Davino,

Uma altura de 90º em relação ao horizonte significa ter um objeto no zênite, exatamente acima da cabeça do observador. Você disse que as Três Marias estavam, em 23 de setembro, a uma altura de 90º, no Rio, às 4 horas, mas isso nunca acontece no Rio, como também não acontece em Uberlândia. Essas estrelas jamais passam perto dos nossos zênites. Em Macapá é diferente: elas passam muito perto do zênite de lá todos os dias, principalmente a estrela Mintaka.

Por que você insiste em dizer que as Três Marias estavam sobre Macapá às 2:30 do dia 23 de setembro? Eu li no seu site que você viajou para lá em março, não em setembro. Então, eu gostaria de saber quantas vezes você esteve em Macapá. Se você foi lá somente em março, você não tem condições para dizer onde as Três Marias foram vistas em setembro.

Eu sei que as Três Marias não poderiam estar sobre Macapá naquele instante, porque eu estava em Uberlândia, olhei para o céu na mesma data, no mesmo horário, e as vi a somente 40º acima do horizonte leste. Ainda faltavam 3 horas e 8 minutos para que elas cruzassem meu meridiano. Como o meridiano de Macapá fica 3º a oeste do meu, faltava ainda mais tempo para que elas passassem sobre Macapá.

Percebo, neste caso, que sua confusão ocorre porque você utiliza dados falsos. É por isso que você está chegando a resultados também falsos. Se você fizer testes cuidadosos, vai perceber onde está a verdade dos fatos.

Fazendo cálculos para determinar a posição de Mintaka no dia 23 de setembro, em Macapá, descobri que ela passa mais perto dos 90º de altura (zênite) às 5:49, não às 2:30. Às 2:30 da mesma data, essa estrela estava a somente 40º acima do horizonte leste, em perfeita concordância com o que observei na prática. Portanto, tudo indica que você se enganou.

Não preciso de um simulador mecânico. Sempre trabalhei na área científica, fazendo simulações em computador. É por isso que não concordo com você. Eu fiz no computador e depois fui olhar para conferir. Até agora, tudo o que eu calculei bateu certinho com o céu.

Minha sugestão é que você observe o céu com mais atenção. Você se perde porque deixa o movimento de rotação interferir com o de translação. Para notar o efeito da translação, você precisa isolar o efeito da rotação. O melhor modo de conseguir isso é fazendo observações somente à meia-noite (à 1 hora, durante o horário de verão) e olhar para a parte alta do céu. Assim, você estará vendo o céu que fica oposto à posição do Sol. Se a translação não existir, você verá sempre essa mesma parte do céu. Se a translação existir, o aspecto do céu vai mudar um pouco por dia e será totalmente diferente depois de seis meses. Simples assim. Basta tomar coragem e observar. Se você já tivesse feito isso, não estaria dizendo que o movimento de translação não existe.

Você tem visto Vênus e Júpiter ultimamente? Estão lindos, brilhando muito. Estão também muito afastados entre si. No início da noite, Vênus está no lado oeste, enquanto Júpiter está no lado leste. Continue observando. Você vai ver que eles estarão próximos entre si, no lado oeste, dentro de três meses e meio. Planetas quase parados não mudam 180º de lugar, não é? Pense bem sobre isso.

Grande abraço,

Roberto F. Silvestre

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Date: Thu, 1 Mar 2012 19:29:30 +0100
From: davino servidio < e-mail de Davino >
To: silvestre artonomia < meu e-mail >
Subject: desculpe a demora em responder

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro de 2012.

Professor Silvestre perdoe-me a demora pela resposta, pois dependo de terceiros para responder a respeito de várias posições das Três Marias.

O Senhor está certo. Eu fui enganado por um astrônomo e um físico do Rio de Janeiro, pois ele me ofereceu ajuda, então lhe pedi se poderia me informar a posição das Três Marias em 23 de setembro na cidade de Macapá. Ele me informou que essa constelação passa às 2 horas e 30 minutos. Mostrei o mapa que ele me deu a um astrônomo que era diretor de um observatório. Primeiro ele disse que estava errado e depois disse que estava certo. Eu guardei este mapa que me deram pelo computador, agora, o mínimo que posso fazer é pedir desculpas a comunidade científica, mas para mim, Davino Servidio, nada muda, e afirmo que tanto a Terra como os outros Planetas não giram em torno do Sol.

A respeito da correia dentada de gol, eu não vou me enrolar, é um material simples e correto e se o senhor seguir as instruções para fazer um simulador ele vai funcionar perfeitamente e vai me dar razão.

A respeito da rotação da Terra, ela não é de 23 horas e 56 minutos, mas sim de 23 horas e 59 minutos, e para marcar vale sempre o meridiano na mesma hora, mesmo dia e mesmo mês.

A respeito que eu contesto que a Terra não gira em torno do Sol pode ser fazer outra observação, e pode ser feito com uma outra Constelação, mas eu preferiria as Três Marias de qualquer meridiano, de preferência dentro dos dois Trópicos, dia 21 de março as 18 horas está a 90 graus das Três Marias sobre o Rio de Janeiro, e cada 365 dias a Constelação está sempre na mesma direção e nunca se atrasa, no máximo pode se atrasar ou adiantar 1 ou 2 minutos. Se a Terra girasse ao redor do Sol, devido ao ano bissexto que acontece a cada 4 anos, temos que aumentar 24 horas para acertar o calendário, tudo correto.

Isto não é verdade, criar imaginação, faz de conta, que todas as estrelas giram ao redor da Terra a cada 24 horas. Primeiro ano às 18 horas, as Três Marias está a 90 graus sobre o Rio de Janeiro, o segundo ano estaria ao meia-dia, o terceiro ano estaria às 6 horas da manhã, o quarto ano estaria 00 horas que é igual a meia-noite. Mas isso não acontece porque a Terra não gira ao redor do Sol e não precisaria aumentar um dia de 4 em 4 anos, pessoalmente me explicaria melhor.

Professor Silvestre quer mais alguma explicação? Sim, a Terra tem uma pequena órbita em torno de um ponto zero que talvez não passe de 150 mil Km dentro da órbita da Lua, mas nem a Lua e nem a Terra giram ao redor do Sol.

DAVINO SERVIDIO

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Date: Fri, 02 Mar 2012 23:05:43 -0300
From: "Roberto F. Silvestre" < meu e-mail >
To: davino servidio < e-mail de Davino >
Subject: Re: desculpe a demora em responder

Davino,

Agora você despertou parcialmente de seu sono profundo! Você finalmente me deu atenção sobre a posição das Três Marias vistas de Macapá às 2:30 do dia 23 de setembro. Admitir esse erro é um precedente importante e você não precisa pedir desculpas a ninguém. Errar é humano e o erro nem foi seu. Porém, há um detalhe que não podemos deixar de considerar: você sabe quando foi que eu tentei alertar você sobre esse erro pela primeira vez? Foi no dia 15 de setembro de 2003, há OITO ANOS E MEIO! Se você tivesse me escutado logo no início, não teria perdido todo esse tempo. Na próxima vez em que precisar de dados desse tipo, peça a mim.

Do mesmo modo como encontrei essa falha no que você escreveu, encontrei muitas outras que você ainda insiste em ignorar. Então, eu pergunto: como nós já demos o primeiro passo, vamos continuar e trabalhar juntos no segundo passo para conquistá-lo em menos de oito anos e meio? Esse é o propósito desta mensagem, que trata de um único assunto: seu desenho, mostrando a Terra situada sempre entre o Sol e as Três Marias.

Se você puder provar que a Terra fica sempre nessa posição quase fixa, variando somente por causa da pequena órbita, vou ter de concordar que ela não gira em torno do Sol. O seu problema é que eu posso provar o oposto disso.

Em primeiro lugar, é bom dizer que a pequena órbita da Terra seria mesmo pequena, já que ela estaria dentro da órbita da Lua. Em um modelo em escala, feito numa folha de papel comum, a pequena órbita mal seria notada. Portanto, para que sejam feitos testes práticos, podemos considerar que, pelo seu modelo, a Terra fica parada no mesmo lugar, realizando somente seu movimento de rotação em torno do próprio eixo.

Considerando que, de acordo com seu desenho, o Sol, a Terra e as Três Marias estariam aproximadamente alinhados, nesta ordem, onde e quando as Três Marias deveriam ser sempre vistas? A resposta é fácil: essas estrelas estariam cruzando o meridiano do observador à meia-noite. No caso de olharmos de Macapá, elas estariam passando perto do ponto mais alto do céu à meia-noite, diretamente acima da cabeça dos observadores de lá.

A razão disso é que, olhando a partir da Terra, o Sol e as Três Marias estariam em regiões opostas do céu, sempre. Assim, à meia-noite, como o Sol está passando abaixo dos nossos pés, no outro lado da Terra, as Três Marias teriam de passar pelo alto do céu que podemos ver, senão aquele alinhamento do seu desenho seria desfeito.

Do mesmo modo, as Três Marias nasceriam sempre no leste por volta das 18 horas, quando o Sol estivesse se pondo no lado oeste. Essas estrelas estariam se pondo no oeste por volta das 6 horas da manhã, quando o Sol estivesse nascendo no lado leste. Tudo isso aconteceria como consequência daquele alinhamento, não havendo como escapar dessa situação.

Então, minha proposta é simples: observar se as Três Marias estão sempre em oposição ao Sol. Se elas sempre estiverem, é porque a Terra está sempre situada entre o Sol e elas, garantindo a imobilidade prática do nosso planeta. Se o alinhamento for desfeito, teremos a prova de que a Terra não fica no mesmo lugar.

Fiz esse teste quando eu era muito jovem. O que descobri foi que a Terra se coloca no lado oposto do Sol em seis meses (meia órbita). Não usei as Três Marias, mas você pode fazê-lo sem problemas. Vejamos, a seguir, como você pode realizar essa observação do modo mais fácil:

Considere o Sol (S), a Terra (T) e uma das estrelas (E) das Três Marias. Você pode fazer o teste bem no início da noite, quando o Sol está logo abaixo do horizonte oeste. As Três Marias deveriam estar nascendo no horizonte leste, porque você afirma que o alinhamento S-T-E é permanente (e deveria mesmo ser, se a Terra ficasse no mesmo lugar). Porém, você vai ver que o alinhamento S-T-E só ocorre em meados de dezembro. Com o passar dos meses, a Terra sai muito dessa posição, até que em meados de junho ocorre o alinhamento T-S-E, muito diferente, quando as Três Marias são vistas perto do Sol. E é exatamente isso que deveria ocorrer se a Terra girasse em torno do Sol.

Seu modelo não pode explicar o fato inquestionável de que as Três Marias não ficam sempre em oposição ao Sol (como no seu desenho) e, muito menos, explicar como elas podem ser vistas perto do Sol em junho. Portanto, seu modelo não representa a realidade observada e não é uma explicação alternativa ao Sistema Heliocêntrico. É isso que eu gostaria que você percebesse.

Se você discordar da prova que apresentei, desenhe seu modelo com a Terra fixa entre o Sol e as Três Marias e me mostre como podemos ver essas estrelas perto do Sol em junho. Aí está uma tarefa impossível de ser realizada.

Em seu modelo estático de Sistema Solar, o céu seria sempre igual num mesmo horário. Não haveria diferença de aspecto no céu de um mês para outro. E até mesmo você, que discorda de quase tudo, sabe que essa diferença existe no mundo real. Então, se seu modelo prevê algo muito diferente do que acontece no céu, ele não pode estar certo.

Por favor, não desperdice outra década para aceitar o que estou mostrando a você.

Um abraço,

Roberto F. Silvestre

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Date: Sun, 11 Mar 2012 14:11:29 -0300
From: "Roberto F. Silvestre" < meu e-mail >
To: davino servidio < e-mail de Davino >
Subject: Sua chance de ficar famoso... no bom sentido

Caro Davino,

Há dez anos que estou tentando tirar suas dúvidas, mas parece que você não as tem. Você está tão certo de que descobriu um monte de erros básicos na Astronomia tradicional que não consegue me ouvir, mas, ainda assim, tenho uma proposta para fazer a você. Espero que ela não seja somente mais uma das minhas infrutíferas tentativas de comunicação, pois ela é muito importante.

Lembre-se de que encontrei aquele erro na posição das Três Marias, vistas de Macapá às 2:30 do dia 23 de setembro. Encontrei muitos outros erros no que você escreveu, mas, como você não me dá muita atenção, não evolui no sentido de resolver sua briga com a Astronomia. Então, para tentar mudar isso, eu gostaria que você fizesse um teste comparativo, em consideração aos dez anos que perdi tentando ajudá-lo: observar o céu duas vezes, à zero hora: uma no equinócio de março e outra no equinócio de setembro. Não precisa ser exatamente na data dos equinócios nem precisa viajar para Macapá. Olhe do Rio mesmo, mas somente à zero hora, quando você verá o céu oposto ao Sol.

Este teste é decisivo, porque, se os aspectos do céu da meia-noite em março e em setembro forem iguais, como você afirma, serei obrigado a aceitar que a Terra não gira em torno do Sol. Irei à TV e direi que fomos enganados pelos cientistas. Darei o crédito da descoberta a você e levarei seu nome ao conhecimento da comunidade científica internacional. Que tal? Está bom assim? Aceita o desafio?

Estamos em março. Se você olhar para o céu por volta do dia 20, à zero hora, verá que a constelação do alto é o Corvo. Se você olhar à zero hora de 22 de setembro, verá que a constelação do alto é a Baleia (oposta do Corvo, o qual estará abaixo dos seus pés, no outro lado da Terra). O céu será totalmente diferente, apesar de você dizer que será igual. Creio que você compreende o que isto significa, não é? Caso tudo aconteça como estou dizendo, seu modelo não vai sobreviver.

Lamento ser o portador de más notícias sobre sua hipótese para o Sistema Solar, mas já é hora de acabar com toda essa confusão. Se você tivesse razão, teria todo o meu apoio. Eu o defenderia de qualquer um que tentasse falar contra a sua proposta, mas, infelizmente, você está mesmo muito enganado.

Se você não quiser olhar para o céu, tudo bem, continue sonhando e pensando que o céu faz o que ele não faz, mas jamais torne a dizer que os astrônomos não realizam observações.

Vou ficando por aqui. Sempre que precisar, estarei disposto a conversar. Reitero minha oferta de ajuda para calcular a posição dos astros em qualquer data e qualquer horário.

Um abraço,

Roberto F. Silvestre

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Date: Wed, 11 Apr 2012 17:23:01 +0100
From: davino servidio < e-mail de Davino >
To: silvestre artonomia < meu e-mail >
Subject: resposta as suas perguntas

Segue em anexo a resposta as suas perguntas.
Está sendo um grande prazer mesmo por email debar com uma pessoal que sabe o que diz e respeita a opiniões dos outros.
Espero novo contato.

ps: Desculpe a demora em responder pois faço uso de uma amiga para me ajudar no computador.

Abraço Davino Servidio.

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Rio de Janeiro, abril de 2012.

Respondendo ao seu email. O senhor falou a respeito das Três Marias, mas eu expliquei que fui um enganado por um Físico e por um Astrônomo desde 2002, por isso calculei errado, se eu tiver oportunidade lhe mando o comprovante que me deram no observatório, mas não está assinado.

Professor, no email que lhe enviei eu falava do ano bissexto que de 4 em 4 anos temos que aumentar um dia para acertar o calendário. Peço para o senhor fazer uma observação da sua cidade, como posso fazer também do Rio de Janeiro com as Três Marias, com outras estrelas ou Constelações durante 4 anos, começaria do Rio de Janeiro dia 21 de março.

No dia 21 de março a Constelação está a 90 graus sobre o Rio de Janeiro. Se a Terra girasse ao redor do Sol, no segundo ano passaria ao meio- dia, o terceiro ano passaria às 6 horas da manhã, no quarto ano passaria a meia- noite. Mas isso não acontece, pois a Terra não gira ao redor Sol.

Professor, o senhor me pede para fazer um teste a zero hora duas vezes. Uma no equinócio de março e outro no equinócio de setembro. Eu sei que na noite de março as estrelas são diferentes da noite de setembro devido à oscilação do Planeta, tanto pelo lado norte quanto pelo lado sul, se deslocando pelo Trópico de Câncer e para o lado do Trópico de Capricórnio. O teste se faz da seguinte forma: a pessoa se desloca a uma velocidade de 25 Km por dia olhando sempre para o céu durante 6 meses, e verá sempre o mesmo painel de estrelas com as Três Marias, depois faz o inverso como um malabarista. Dará para perceber que a Terra não gira ao redor do Sol, porque se a Terra girasse ao redor do Sol, 6 meses sim e 6 meses não, iria acontecer o Sol da meia-noite em todo Planeta.

O lugar mais apropriado para fazer esse teste seria no Meridiano número 11, na África, porque se deslocaria sobre a Terra firme, pois no Meridiano 15° ou 16° teria que continuar sobre o mar no Hemisfério Norte. Pesso que o senhor por favor observe o email do dia 29 de agosto de 2011 onde explico como funciona o simulador.

Professor, não contesto somente Copérnico, mas também a Newton a respeito da gravidade, porque quem faz a gravidade na Terra é a Lua. Kepler disse que os Planetas têm órbita elíptica, isto está errado. Eu posso provar em cima de uma mesa porque a Terra e a Lua se aproximam e se afastam.

Atenciosamente,

DAVINO SERVIDIO

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Date: Tue, 17 Apr 2012 15:56:15 -0300
From: "Roberto F. Silvestre" < meu e-mail >
To: davino servidio < e-mail de Davino >
Subject: Re: resposta as suas perguntas

Caro Davino,

Nosso debate não está progredindo. Precisamos nos concentrar em um único assunto de cada vez. Portanto, esqueça o físico e o astrônomo que o enganaram (eu nunca o enganaria). Esqueça o comprovante não assinado. Esqueça o ano bissexto. Esqueça seu "teste do malabarista africano". Esqueça seu simulador de correias dentadas. Esqueça o horário do Sol nascente. Esqueça a forma da órbita dos planetas. Esqueça o Sol da meia-noite. Esqueça a causa da gravidade. Esqueça a distância variável da Terra à Lua. Esqueça Copérnico, Newton, Kepler ou qualquer outro cientista que você ainda deseje contestar e não desvie sua atenção de nosso assunto de hoje.

Minha proposta é simples: começar de novo, do início, para que eu possa entender o que faz você pensar que o eixo da Terra balança, já que estou cansado de ver e de dizer a você que ele NÃO BALANÇA. Vamos conversar somente sobre isso. O texto será grande e intencionalmente repetitivo, porque meu propósito é despertar sua atenção adormecida e fazer com que você pense corretamente sobre esse grande movimento de balanço do eixo, porque ele NÃO EXISTE.

Eu sei que o Sol dança de um hemisfério a outro, dando origem às estações do ano, mas essa mudança na declinação do Sol (variação em latitude) não é causada por um balanço do eixo da Terra. Sei também que você não concorda com a explicação dos cientistas (translação com eixo inclinado), que está nos livros e na internet, mas não consigo encontrar uma explicação melhor.

Para entender esse problema, é importante perceber que é impossível mudar a orientação do eixo da Terra sem que notemos também uma mudança na posição das estrelas em relação aos polos e à Linha do Equador. Eu sei que o eixo da Terra não balança muito porque, se ele balançasse, notaríamos um deslocamento aparente das estrelas alternadamente para o norte e para o sul. Como cada estrela tem uma latitude praticamente constante, fica evidente que o eixo não pode balançar muito.

Eu acho que você acredita (sem olhar) que as Três Marias mudam de latitude. Por isso sugeriu aquele "teste do malabarista africano", que é impraticável. Mas essas estrelas não mudam de posição assim. O movimento aparente delas é somente aquele causado pela rotação da Terra. Desse modo, elas retornam sempre à mesma posição a cada giro da Terra em torno de seu próprio eixo, que dura 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos, como já tive a oportunidade de medir (não 24 horas, como quase todo o mundo pensa, nem 23 horas e 59 minutos, como você disse).

Se o eixo balançasse (para causar o balanço do Sol), as Três Marias mudariam de latitude, posicionando-se desde o Trópico de Câncer até o Trópico de Capricórnio, dependendo da época do ano, mas não é isso que o céu nos mostra. O que o céu nos mostra é que as Três Marias estão sempre sobre a Linha do Equador, jamais se deslocando na direção norte-sul (direção dos meridianos).

Se o eixo da Terra balançasse tanto assim, Polaris poderia ser vista do Hemisfério Sul, mas isso não acontece porque ela nunca sai de perto do Zênite do Polo Norte. Ela nem é vista de Macapá, que está na Linha do Equador, já que, olhando de lá, Polaris fica praticamente sobre o horizonte, sempre perto do ponto Norte.

Olhe para as Três Marias. Note como elas nascem sempre perto do ponto Leste e se põem sempre perto do ponto Oeste. Isso mudaria, se elas pudessem estar, algum dia, muito afastadas da Linha do Equador, como acontece com o Sol. Só não muda porque elas estão sempre sobre a Linha do Equador. O Sol só nasce no ponto Leste e se põe no ponto Oeste quando passa pela Linha do Equador, nas datas dos equinócios. Em outras datas, o Sol nasce e se põe fora desses Pontos Cardeais. Então, como podemos ver, o Sol balança para o norte e para o sul, mas as Três Marias não.

Use um fio de prumo e note como as Três Marias jamais passam exatamente sobre o Rio de Janeiro (Zênite=90º). Elas passam sempre mais ao norte, porque é para lá que a Linha do Equador está. Consulte alguém de Macapá e confirme que essas estrelas passam sempre, todos os dias, perto do Zênite de lá (90º), nunca se deslocando na direção dos meridianos, somente dos paralelos.

Diante de tudo isso, eu gostaria que você olhasse mais para o céu e visse que ele não se comporta como você imagina ou gostaria. Observe as estrelas e veja como cada uma delas percorre a mesma trajetória aparente, todas as noites, por causa da rotação da Terra.

Se você não concordar comigo, você precisará PROVAR que o eixo da Terra balança muito, levando as Três Marias para o norte e para o sul. Não basta somente afirmar isso para poder consertar sua teoria. Eu estou lhe dando as provas de que o eixo não balança assim. Eu OLHEI para o céu e VI. Olhe você também e tente me provar o contrário. Se não conseguir, crie um novo modelo de Sistema Solar e me mostre que, com ele, O SOL BALANÇA e AS ESTRELAS NÃO, porque é assim que o céu verdadeiro se comporta.

Pare de afirmar qualquer coisa que você não tenha visto acontecer. Não tente corrigir um erro cometendo outros, pois foi assim que você se perdeu em sua busca pela verdade. Observe o céu com calma e atenção. Conclua depois, não antes de observar e de confirmar a existência de qualquer fenômeno.

Meus argumentos estão aí para você analisar. Leia, observe, pense, desenhe, conclua e envie uma nova mensagem a mim, comentando SOMENTE sobre o EIXO DA TERRA, pois eu tenho certeza absoluta de que ele NÃO BALANÇA.

Abraços,

Roberto F. Silvestre

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Date: Sun, 27 May 2012 22:31:45 -0300
From: "Roberto F. Silvestre" < meu e-mail >
To: davino servidio < e-mail de Davino >
Subject: Última chance

Caro Davino,

Preste muita atenção ao que vou dizer porque pode ser sua última oportunidade. Cansei-me do prolongado tempo de espera para publicação dos meus comentários e de suas respostas parciais e evasivas no livro de visitas do site. Nossa conversa não tem sido produtiva. Você não dá respostas às minhas perguntas mais importantes.

Primeiro você não entendeu as velocidades da Terra e da Lua, porque não sabe o que é velocidade. Em vez de tirar sua dúvida com quem sabe, chutou que a Terra não gira em torno do Sol. Depois, para poder fazer o Sol balançar de um hemisfério a outro, dando origem às estações do ano, chutou que o eixo da Terra balança. Depois, por ter passado a acreditar cegamente que o eixo da Terra balança, chutou que as estrelas balançam como o Sol e criou o seu "teste do malabarista africano". Será que você não percebe o que está fazendo? Você está sonhando, criando um universo imaginário baseado somente em pensamentos, não em fatos. E, como você só pensa sobre o que lhe interessa, não vê que, mesmo em pensamento, sua teoria não funciona.

No desenvolvimento de uma teoria, é comum chutarmos algumas coisas. Elas são hipóteses, ou seja, ideias que podem ou não ser verdadeiras e que, por isso, precisam ser testadas na prática. Durante os testes, se os fatos se mostrarem compatíveis com aquelas ideias iniciais, é sinal de que podemos estar no caminho certo. Se um único fato se mostrar incompatível com elas, é sinal de que devemos parar e rever toda a base da teoria. Porém, não é isso que você tem feito. Você não utiliza os fatos para testar suas ideias. Você apenas lança suas hipóteses, acredita nelas sem testar e continua lançando mais hipóteses que nunca são testadas. O resultado disso é que você está criando algo como aquele velho dragão invisível que mora na garagem e cospe fogo frio pela boca, que só você é capaz de detectar.

Todo o meu esforço atual é para que você faça testes sobre a inclinação do eixo da Terra, porque você diz que ele balança muito. Se balançar, o céu todo vai parecer que balança. Então, vamos ver onde concordamos e onde discordamos sobre o balanço do Sol e das estrelas.

Eu sei que o Sol balança porque dá para perceber facilmente. Ele muda cerca de 47º de declinação (latitude) do solstício de junho ao solstício de dezembro. Ele parece mesmo se deslocar na direção dos meridianos. Em junho ele passa sobre o Trópico de Câncer. Em dezembro ele passa sobre o Trópico de Capricórnio. É muito chão entre os dois trópicos; dá mais de 5200 quilômetros. Então, até aí, tudo bem, porque eu concordo que, visualmente, o Sol balança para o norte e para o sul, causando as estações.

Agora é preciso observar também as estrelas. Vamos escolher Mintaka, porque ela é a melhor representante das Três Marias. Vamos ver o que acontece com ela em diferentes épocas do ano. Neste caso, como eu já olhei e vi por mais de cinco décadas, posso garantir que ela fica praticamente sobre a Linha do Equador. Ela nunca sai de lá. Ela não muda de latitude como o Sol. Ela não se desloca na direção dos meridianos. Ela nunca passa sobre os trópicos. Ela não balança para o norte e para o sul. O único movimento perceptível dela é passar do leste ao oeste, todos os dias, devido à rotação da Terra. Então, é aí que eu discordo de você.

Se as estrelas não balançam como o Sol é porque o eixo da Terra não balança. E, sem o balanço do eixo, o Sol também não balançaria se a Terra não tivesse o movimento de translação. Então, mesmo que você não queira aceitar, a Terra gira em torno do Sol.

Eu acho que você não acredita que as estrelas percorrem trajetórias aparentes quase fixas e que não se deslocam para o norte e para o sul. Bastaria olhar, mas parece que você não faz isso. Se olhasse, já teria percebido.

Para compensar sua falta de tempo de observação do céu, calculei o instante em que Mintaka passa por um meridiano do Rio de Janeiro e fica visível na direção norte, no ponto mais alto possível para ela (que não é o Zênite). Fiz isso para o dia 21 de cada mês de 2012, mas não será muito diferente nos próximos anos. Na época em que o fenômeno ocorrer com céu escuro, vá olhar. Você deve ver as Três Marias sempre no mesmo lugar, nem mais ao norte nem mais ao sul, provando que o eixo da Terra não balança.

JAN-22:22:12   ;   FEV-20:20:19   ;   MAR-17:26:18   ;   ABR-15:24:25   ;
MAI-13:26:28   ;   JUN-11:24:35   ;   JUL-09:26:38   ;   AGO-07:24:45   ;
SET-05:22:52   ;   OUT-04:24:55   ;   NOV-02:23:02   ;   DEZ-00:25:05   .

Explicando melhor: essa tabela informa, para o dia 21 de cada mês, o instante (hora:minuto:segundo) em que a estrela Mintaka passa pelo seu meridiano (culminação). Foi considerado o horário de verão nos meses de janeiro, fevereiro, outubro, novembro e dezembro. Foram utilizadas as coordenadas geográficas de um ponto do Aterro do Flamengo, nas imediações da passarela que fica em frente da Rua Almirante Tamandaré (Latitude = 22º55'57,10" S , Longitude = 43º10'26,83" W).

Se o eixo da Terra balançasse como você diz, Mintaka mudaria de latitude, como o Sol faz. Mas você verá que ela não muda. Ela sempre passa a uma mesma altura em relação ao horizonte norte: 67º21'30". Ela nunca passa no Zênite do Rio de Janeiro (90º). O mais perto do Zênite que ela passa é a 22º38'30" dele, o que dá cerca de um palmo com o braço esticado.

Uma vez que você observe o céu e perceba que o eixo da Terra não balança, você deixará de ter uma explicação para o balanço do Sol e será obrigado a aceitar o movimento de translação da Terra com o eixo inclinado. Assim, terá chegado à explicação correta para o Sistema Solar. É o único caminho sensato que você tem a seguir.

Sua atitude de negar fatos e de construir castelos no ar apenas vai manter você no estado de total confusão em que se encontra hoje. Romper com velhos hábitos e partir para uma vida renovadora e mais produtiva é a saída que ora se apresenta a você. Não perca esta oportunidade. Resista à tentação de pensar que você está certo e todos os cientistas errados. Vá olhar o céu, em vez de somente imaginar coisas que não existem. Quando precisar da minha ajuda, basta pedir.

Abraços,

Roberto F. Silvestre