A procura por um veículo que nos leve até as estrelas já começou, mas nosso grau de desenvolvimento atual parece querer nos dizer que ainda temos muito trabalho a fazer.
Tente imaginar se, em 1500, alguém dissesse a Pedro Álvares Cabral que o Oceano Atlântico, de Portugal ao Brasil, poderia ser atravessado em poucas horas. Sabendo que a viagem em caravelas demoraria mais de um mês, com bons ventos, as gargalhadas seriam a única resposta. Por mais que tentassem, os navegadores do Descobrimento não pensariam em outra coisa que não fosse um navio com velas gigantescas e milhares de remadores tentando realizar a proeza. Acabariam considerando uma viagem tão rápida assim como totalmente impossível.
O erro de raciocínio de Cabral estaria na suposição de fazer a viagem em horas através do aperfeiçoamento do melhor meio de transporte marítimo conhecido naquela época. Mas até hoje não a fazemos rapidamente com navios. Utilizamos aviões a jato, que estavam muito além da imaginação daqueles povos que viveram há alguns séculos atrás.
Hoje temos uma situação parecida com a da estória acima. Pensar em aperfeiçoar nossos foguetes para viagens às estrelas vizinhas é mais ridículo do que querer aperfeiçoar navios para cruzar o Atlântico em minutos.
Se alguma coisa pode nos fazer atravessar as enormes distâncias que existem entre as estrelas, não será um foguete maior e mais poderoso, mas algo diferente, muito mais estranho para nós do que os aviões eram para Cabral. Por isso, para a época atual, essa viagem parece uma tarefa impossível de ser realizada.