Para colocar em órbita uma carga útil tão pesada como aquela das viagens dos astronautas à Lua, foi preciso que se construísse um foguete que viria a ser a máquina mais fantástica projetada pela NASA até os dias de hoje.
Imagine uma torre metálica formada por segmentos cilíndricos, com dez metros de diâmetro na base e 111 metros de altura, pesando três mil toneladas. Assim era o Saturno V, imponente na plataforma de lançamento, aguardando a hora da partida para o espaço, em 16 de julho de 1969, com três astronautas a bordo. Dois deles iriam pisar em outro corpo celeste pela primeira vez.
Poucos se espantam hoje ao saber que os motores dos três estágios daquele pesado foguete levaram a Apollo 11 e os astronautas, em menos de doze minutos, a uma altitude de 185 km e uma velocidade de 28 mil km/h, mas muitos duvidam que eles tenham ido até a Lua.
Uma vez que já se esteja em órbita, chegar à Lua passa a ser relativamente simples, quando se considera apenas o gasto de energia. Basta impulsionar a pequena parte que restou do enorme foguete para que ela atinja uma velocidade próxima de 40 mil km/h. Isto foi feito facilmente pelo único motor do terceiro estágio, ligado mais uma vez, para tornar possível o grande salto. A Apollo 11, então, rompeu seus laços com a Terra e foi cumprir a sua missão pioneira.
Um foguete do tamanho de um prédio de 37 andares decolou diante dos olhos de dezenas de milhares de testemunhas, enquanto milhões acompanhavam pela mídia. Depois deste fato incontestável, como alguém pode imaginar que a segunda parte da viagem foi uma fraude, se ela era muito menos surpreendente?