Uma vez por semestre, o Sol cruza o plano do Equador da Terra, passando de um hemisfério para o outro, no fenômeno que se denomina equinócio e que ocorre nas entradas do outono e da primavera. É nessas épocas que os dias e as noites ficam com durações iguais, de 12 horas cada.
Uma conseqüência importante dos equinócios é fazer o Sol nascer no Leste e se pôr no Oeste, tornando possível a realização daquela experiência de orientação descrita em nossos livros escolares, que consiste em abrirmos os braços e apontarmos o braço direito para o local do horizonte onde o Sol nasce, que seria o Leste. O Oeste estaria apontado pelo braço esquerdo. O Norte e o Sul ficariam à nossa frente e às nossas costas, respectivamente.
O que os livros não costumam nos contar é que esse método para determinação dos Pontos Cardeais não pode ser aplicado em outras épocas do ano, porque quando o Sol não mais estiver sobre a linha do Equador, ele também não vai mais nascer no Leste nem se pôr no Oeste.
Grande quantidade de autores de livros escolares continua insistindo em afirmar que o Sol nasce sempre no mesmo lugar do horizonte. Qualquer criança curiosa poderia verificar facilmente que isso não é verdade, mas poucas têm a iniciativa de ir lá fora e observar o belo espetáculo do Sol nascente ou poente em épocas diferentes do ano.
Desde 1992 venho visitando as escolas e apontando os muitos erros que encontrei nos livros, mas não tenho percebido mudanças importantes nas salas de aula. Quando vamos fazer alguma coisa para resolver este grave problema?